Diz-me, quando te deitas, antes que o sono te embale e tome conta dos
teus sentidos, voltas o teu ventre no lençol, e os teus dedos descem
ligeiros pelo meio das pernas e procuram o prazer? Imaginas então que
esses dedos não são os teus, mas sim os meus e que te deixam tocada pela
humidade, para que a minha língua vá ao teu encontro, percorrendo os
seios, mal parando sobre eles, sôfrega pelo teu sabor mais intenso a
sul, como um mar que desagua nas coxas. E prendes-me, agarras-me pelo
cabelo, puxando-me ao teu encontro até quase te vires. É assim que me
vês enquanto te acaricias? aninhado nas tuas pernas, perdido no teu
cheiro? Prolongas o prazer até ao ponto em que pedes a profundidade da
minha virilidade, cuidas sentir as minhas investidas ofegantes, aceleras
o ritmo, cerras os olhos e ouves a minha respiração sobre ti… e
vens-te.
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